quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Emoções à flor da pele

Quase sempre, entro nas salas de chats. Ali me deparo com todo tipo de ser humano.Alguns extremamentes engraçados, outros irritantes, outros dotados de uma vulgaridade muito peculiar. As vezes dou risadas gostosas na madrugada, de tantas bobagens que despejam frenéticamente. Outros tipos metidos a gostosos, dotados de uma performance física, que dizem, extraordinária. Tipos sarados, que querem se mostrar nas cameras e assim pedem desesperadamente pra serem vistos.Num narcicismo impressionante. Nem me atrevo a olhar, posso não dormir a noite, encantada com tais dotes.Provávelmente garotos de programas! Tem também as gurias assanhadinhas, com os mais peculiares nicks! Também garotas de programas! Tem de tudo. Ótimo para se divertir muito. Mas, por incrível que pareça se encontra pessoas especiais, que o papo flui leve e solto, com humor, inteligência e picardia! É raro, mas acontece! Ontem na madrugada encontrei três destes seres raros, sendo que com um fiquei conversando até as sete da matina. Ouvimos e vimos juntos os passarinhos cantarem, e o dia amanhecer! Um homem de um humor e de uma sensibilidade especial! Não faltava assunto! Nada comprometedor, apenas um papo bom, daqueles que se tem com amigos noites à dentro. Falando da vida, dos sonhos.Filosofando de madrugada. O sono tínhamos perdido e nem queríamos acha-lo, tão bom tudo estava! No final, já amanhecendo começamos um jogo de sedução! Flertamos com classe e elegância, deixando um gostinho de no próximo encontro continuaremos! Foi gratificante, fui dormir de bem com a vida e comigo! Mais feliz, fiquei com a mensagem que ele me deixou no outro dia, com um trecho do filme O segredo. Valeu a noite! E mais ainda o dia! Espero conversar com ele novamente. Tenho certeza que vai ser melhor ainda!!

sábado, 20 de outubro de 2007

Resgate

Essa semana reencontrei-me com Pablo Neruda, através de um amigo que postou uma poesia dele e depois pela minha filha que me conseguiu mais alguma delas. E foi um delicioso reencontro. Me trouxe a lembrança de uma amiga muito especial que era fissurada no Neruda. Lia frenéticamente todas as obras dele, sem nenhuma restrição. Vasculhava bibliotecas atrás de algo dele, que não tinha. Ficava horas a fio copiando as poesias dele sem esmorecer. Confesso, que achava aquilo meio nerd, meio maluco, e nunca quis me aproximar de Neruda como deveria. Lastimo isso agora. Acho que perdi uma grande chance de me tornar mais antenada para o bom, o belo. Mas não me sentia a altura dele, me parecia fora do meu alcance. No entanto achava extremamente atraente aquela relação que minha amiga tinha. Era uma grande amiga, parceira, completamente despirocada, mas despojada de qualquer coisa que lhe fizesse parecer intelectual demais, apesar de sua paixão por Neruda. Saíamos muito juntas. Ela louca e irreverente, eu tímida e desjeitada. Éramos os opostos que se atraiam. Tinha paciência comigo. E de um jeito muito peculiar, me ensinou muita coisa. Me colocou na vida! Nunca me senti em desigualdade com ela. Me sentia protegida, e muito estimada. Era mais do que uma irmã mais velha. Me colocava debaixo das suas asas e me ensinava a voar. E como voei! Fui longe, sempre com a supervisão carinhosa dela. Muito do que eu sou hoje, devo a ela.A minha alegria, minha coragem, minha sede de viver, meu lado dispretensioso, minha tímida irreverência, meu lado impulsivo, que me faz bem e também minha força para enfrentar as coisas difíceis da vida. Sempre de cabeça erguida e sempre vendo uma luz no fundo do túnel. Queria reencontra-la agora pra que ela visse o resultado do que aprendi com ela. Mas por uma dessas adversidades da vida, perdemos o contato. Mas acredito que seria uma festa! E devo a ela também agora o meu reencontro com Neruda. E se a reencontrasse iria lhe dizer que agora entendo a paixão dela por ele. Obrigado Neruda por fazer me lembrar de uma amiga. Estou em dívida eternamente!




"É proibido ter medo da vida e de seus compromissos
não viver cada dia como se fosse o último suspiro." Pablo Neruda

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Não vou ainda!!!

O dia das crianças pra mim, foi pra mim inesquecível. De uma maneira não muito agradável, diga-se de passagem. Participei da estatísta desenfreada que assola nosssa cidade. Fui assaltada!!! Isso mesmo!!! Eu uma pobre mortal, pobre mesmo no sentido real da palavra, fui alvo dos marginais impiedosos que nos tiram tudo, até mesmo a dignidade. Fiquei sem lenço, nem documento, em plena noite de feriado!!! Fui jantar no shopping, depois dei umas voltas lépida e faceira, pelas lojas, ciente de que nada ruim me aconteceria! Mero engano. O destino me espreitava sem misercórdia, com a intenção clara de me tirar a alegria. Lá estava ele pra me assustar, pra me mostrar que sou igual a qualquer mortal, sujeito as agruras da vida. Me levaram bolsa, talão de cheques, cartões de banco, loja, tudo!!! Me deixaram sem um único centavo no bolso. Desprovida de tudo, mas com medo, assustada, com uma sensação desagradável! Impotente, rendida, coagida, sem atalhos para a esperança! Pensando: quando vai acontecer de novo? Espero que não tão cedo! Bem, dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Vou acreditar com todas as minhas forças nesse ditado!!! Além de ficar sem nada, consegui sem querer, irritar o marginal e vi uma arma, muito grande encostada no meu rosto! Me humilhei, pedi desculpas, faria qualquer coisa pra me manter viva! Consegui!!! Ele se acalmou e vazou! Ufa!! Foi por pouco!!! Já passou, estou ainda um pouco desconfiada, assustada, mas vai passar, como tudo na vida. Mas não pronta pra outra! Esse ditado não dou fé, deixo passar. Basta uma vez. Bem não foi desta vez que fui alegrar Deus, ele vai ter que esperar mais um pouco, ou muito!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Ontem

De manhã cedo, essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah, como essa santa não se esquece de pedir pelas mulheres
pelos filhos, pelo pão
Depois sorri, meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz, assim tão feliz
De tardezinha, essa menina se namora
Se enfeita, se decora, sabe tudo, não faz mal
ah, como essa coisa é tão bonita
ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia, qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada, essa mulher faz um estrago
Tira a roupa, faz a cama, tira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enlouquece
Nessa boca,nesse chão
Depois, parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa senhora
Em quem esbarro toda hora
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural.

domingo, 7 de outubro de 2007

AUÊ!

Ontem saí com minha filhota, o namorado dela (ficante que acho já subiu de cargo pra namorado) e os amigos dela e meus também é claro. Posso dizer que foi um evento inigualável!Antes fomos a um boteco, pra dar uma esquentada. Foi divertido, rimos muito, falamos da vida alheia dos outros, sem maldade é óbvio! Depois fomos caminhando para o lugar onde iríamos terminar a noitada, dançando. E dancei muuito! O namorado dela uma pessoa de uma alegria esfuzinte! Ninguém fica triste perto dele, o mesmo se dá com ela. Os dois são extremamente cativantes. Com eles é: Xô tristeza, só alegria! Fazem um par perfeito! Além dele cuidar direitinho dela! Estou descansada, minha filha está bem cuidada! Toda mãe tem essas neuras.Faz parte do mundo maternal. Bebi um pouco além da conta, mas nada que me tirasse o prazer de perceber que estava me divertindo muito. Então tomei uma água pra lubrificar o organismo!Após, fui embora, porque já estava na hora de não perturbar muito. Cheguei em casa com a alma lavada, tendo a certeza que ainda estava na área, com um pique, senão total, mas que dava pro gasto, pra me divertir. Tentei entrar na internet, mas quase desmaiei nos teclados. Então fui dormir como um anjinho contente. Antes de sair, fui ao centro, estava numa loja, na sessão de langerie, e ouvi duas senhoras perguntando pra vendedora se tinha " roupas de baixo, pra senhoras", quase fiquei deprê, mas então pensei: Tenho que viver bastante antes de chegar nessa fase! Claro que usando o remédio em doses moderadas! Não quero ter uma overdose, e morrer na praia! Estou em um período da minha vida muito prazeroso, descobri que posso fazer coisas que à muito não fazia. Quase esqueci como se fazia essas coisas! Mas reativei o controle, e estou muito feliz! Antes tarde do que nunca( o ditadozinho mais certo)! Sair com filhos é bom, eles nos passam um pouco da adrenalina deles. Mas só vou repetir a dose daqui a um bom tempo. É bom não abusar! Minha filha é uma parcerona, às vezes, nossos pontos de vista divergem, mas se não fosse assim não teria graça! Regras de pais e filhos. Sempre achamos que sabemos mais que eles, e então tentamos impor essa sabedoria do tempo. Mas quase sempre aprendemos com eles! Gerações opostas, mas carregadas de troca de idéias! Como num casamento se não tem briga, não é de verdade, é superficial! Bem gente a noitada foi boa, me deixando a sensação de que temos que seguir em frente e nunca deixar cair a peteca!!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Mega Evento

Gente, esse domingo passado, foi lindo, ensolaraddo. Um prenúncio do que será a primavera. Tive que botar a minha preguiça de lado e dar uma volta. Seria uma ida normal até a praça mais próxima. Me enganei. Primeiro minha filha veio com a idéia de levar os cachorros. Até aí tudo bem! Então os fatos começaram a se desenrolar, com um um pouco de excesso, para não dizer descontrole. A cadela muito assanhada e perigosamente fujona, já que o senso de ser um um cão que tem dono lhe passa despercebido, somando-se o fato de que ela é um pouco destranbelhada, complicou tudo. Tadinha. Fazia as suas necessidades fisiológicas (xixi) a todo instante, depois esgravatava o chão, arremessando muita grama para todos os lados. Temíamos por acabar recebendo uma multa por estragar as áreas verdes. E quando via um cachorro macho percebíamos que os seus hormônios se manifestavam a todo vapor. Chegamos a conclusão que ela gostaria de estar em uma daquelas barras de casas de striper, para se enroscar e mostrar seus dotes sensuais. Uma loucura!!! O cãozinho troteava como um galinho de briga, marcando o seu território (a rua pública) mijando sempre. Sem contar que latia alucinadamente sem parar pra tudos os cães que via pelo caminho. Nas ruas tranquilas, por onde passávamos o silêncio ia pro espaço, literalmente. Era uma sinfonia canina impressionante. Bem chegamos em casa quase desfalecidas (ao menos eu), minha filha lépida e faceira, como assim a juventude lhe permite. O cãozinho durmiu estafado o resto do dia e da noite. Só esqueci de avisá-los que outra maratona destas vai custar um bocado pra acontecer de novo. Já não tenho mais fôlego pra essas coisas! Sou uma simples humana, que não se atreve a competir com esse frenético mundo canino!!!!!