quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Um meme, que estou cumprindo com satisfação!

Como sou

Sou simples, como um amanhecer. Ele apenas acontece! Tenho uma ânsia de viver que às vezes me assusta, mas não me impede de seguir vivendo, mesmo que seja atropeladamente. Sinto-me pequena, em relação à vida, mas me agiganto, quando o desafio é passear pela mesma. Há poucos dias descobri, que na verdade não tenho medo do amor! Mas, não quero amar sozinha. Quero ser muito amada! Simplesmente, porque mereço e sei amar!

O que você desperta nas pessoas

Transito entre as pessoas, com alegria e com muito sentimento. Adoro ser estimada por todos, como sou. O carinho, a atenção, dos que me rodeiam, aquecem meu coração, me incentivando há todos dias acordar e ter a obrigação de ser feliz. E sou! Agradeço a cada um, encantada e me sentindo completa.


Como é sua atual relação

Neste momento de minha vida, existe uma lacuna, que quero preencher com um grande amor, e por ele ser amada. Me encanto a toda hora, mas o amor maior, ainda não bateu à minha porta. Quando bater será bem vindo!

Minha última relação

Foi completa o bastante, motivo pelo que hoje, sigo pela vida, sem mágoas ou amarguras. Terminou no seu devido tempo, deixando boas lembranças e muita vontade de continuar vivendo. È meu parceiro, até hoje, e a ele agradeço os bons momentos que tive, e a certeza de que mereço e devo querer, algo parecido, ou melhor!

Onde queria estar agora

Onde estou! Mas com um grande amor a me embalar em seus braços! E não quero como sonho, quero como realidade!

Como você sente o amor

É o que me sai pelos poros, o que trespassa minha pele e o que me salta aos olhos e encanta minha alma! È a minha persistente volúpia!

Como você passa pela vida


Passo, serelepe, faceira, molecando e rodeando os outros sem deixar eles pensarem muito. Passo com seriedade, mas inflamo a vida sempre que posso. Vivo me incendiando e pulando obstáculos, guiada pela minha impulsividade, que me norteia a cada instante!


Escolha só um desejo

Amar e ser amada plenamente!

Uma frase inesquecível

“Que me importa a minoria, se a minha alegria é a maioria!”

Uma frase para o próximo

Continuem a ter paciência comigo e com minha alegria, mas também me ajudando sempre, quando eu tiver uma recaída. Não dói nada! Garanto!


Pronto! Tarefa cumprida, Miguel, meu blogueiro preferido e dedico a você cada palavra minha aqui dita.


E passo a tarefa a meus grandes amigos Estrela Cris, Fulgurante Loba, a pequenina Shi, a vermelhinha Cherry, e ao meu mais novo amigo Leandro Carvalho. Beijos estalados a todos

terça-feira, 26 de agosto de 2008
















Submissão




Você me espreita com esses olhos
como se estivesse no cio
revirando minha fome
tendo-a por um fio.
Segura-me nesse olhar
despedaçando meu corpo
dividindo-o em retalhos que passo a juntar.

Ignorando meu minha dor, meu medo
possua-mes, e em delírios a ti me concedo
e quando teu olhar se entrelaça na minha visão
nas minhas veias, como rio, corre meu tesão.

Emaranho-me no teu compasso
pra me afundar no teu abraço
pra ter-te no meu regaço,
qualquer coisa faço!

Teu corpo de entranhas e saliências
invade-me toda, até mesmo nas reticências
toma-me furioso, pujante, e me desnorteio
dividindo-me ao meio.

Há, vem em desejo, diabólico, em ânsias
penetra, escaramuça minhas reentrâncias
cobre-me! Agora!
Não espere eu me acalmar!


Porque minha volúpia, não se faz esperar!




sexta-feira, 22 de agosto de 2008


O querer do não querer



Resolvi ser egoísta, e falar um pouco de mim. Há um tempo, que ainda não contabilizei, conheci uma pessoa, que passou a ter uma importância em minha vida.
O conhecimento deu-se por uma dessas peças que a vida, ou o destino nos prega. Inesperado, mas de uma seqüência agradável. Que tem me proporcionado momentos encantadores. Deixa-me feliz!

Isso me fez questionar, sobre o amor. Aboli, esse sentimento, por várias razões: por já tê-lo vivenciado plenamente, por medo de sofrer, por uma opção pessoal.

Queria amar novamente! Mas parece distante, das minhas ambições. Decidi, me ater as paixões, aos encantamentos fulgazes passageiros que não deixam marcas! Só lembrança.

Detive-me diante da possibilidade de amar esta pessoa, e, mas uma vez conclui ser impossível.
Não consigo mais amar! E gostaria de me perder num grande amor! Vivenciá-lo na sua mais completa plenitude, sem limites. Deitar, pensando na pessoa e acordar com ela. Até mesmo chorar, sofrer, tudo o que acompanha o amor. Amar, só amar!

E seria tão fácil, amar essa pessoa. Emociona-me sempre que está comigo. É doce, meigo, gentil, atencioso. Tem um senso de humor encantador. Sabe me fazer vibrar, me sentir mulher. Tem olhos, que me intimidam, me desnudam, mas dos quais, não quero me separar! Os olhos me espreitam, descobrindo meus segredos, fragilizando-me, dominando-me. Invade minha alma! A boca, carnuda, sensual, que parece segredar intimidades, pede beijos avassaladores, quentes. As mãos descrevem sonhos, que já conheço.

Fico horas a tentar descobrir, onde escondi meu desejo de amar. Onde ficaram guardados meus sonhos, minhas expectativas, de um “amor maior”. Que me derrube, que, me tire o prumo, que me desnorteie, que me deixe extasiada, dia após dia.

Mas, esse sentimento não está incluído nos meus objetivos. Não quero mudar, essa escolha! Talvez pra não sofrer.
Vou continuar a deixar-me levar pela paixão, pelo desejo, pelo desvario e pela liberdade que tudo isso me proporciona. Ele merece ser amado, sem restrições, sem poréns, sem limites! Algo, para qual não estou preparada. Não quero ficar sem chão.
Quero saber onde estou andando!


A você, peço perdão, por não querer te amar! A mim, espero, não estar perdendo a oportunidade de viver um grande amor! Talvez não seja a hora certa!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008


Salto


Equilibro-me
facetando aurora
esfacelando a noite
a escuridão
o breu
o ontem
o antes
a fobia
tudo fragmentado
sem vir a juntar-se
imolo medos
subterfúgios
desverdades
máscaras depostas.

Metamorfoseei-me
desdobrando camadas
emergindo do nada
substanciando-me no tudo
permanecendo
fora das tempestades
feita de uma só peça
inteiriça
sem pedaços
cheguei e aqui vou permanecer.

domingo, 17 de agosto de 2008


Nem muito, nem pouco




Entrei, empurrada aos trancos e barrancos, pela minha amiga, que vinha grudada nos meus calcanhares. Tímida, e aos trinta e seis anos, nunca tinha feito nada parecido. O medo me dava embrulhos no estômago! Eufórica, minha amiga, sussurrava nos meus ouvidos:
-entra e vê se rebola essa bunda, nem que seja um pouquinho!
Quando tentei retrucar, fui literalmente despejada por ela, rumo ao amontoado de gente que se esfregava e rebolava, ao ritmo de uma música lunática. Pensava em desespero:
-Porque me meti nessa! Isso vai virar uma grande merda!


Mas empertiguei o corpo, puxei pra baixo, a saia daquele maldito vestido, que de tão justo, subia por conta própia, pensando, que até o fim da noite, estaria com ele, enrolado no meu pescoço, como um cachecol. Além de tudo, era branco, e mostrava todas a minha curvas, não perdoando, nem mesmo as mais acentuadas.
E mesmo no escuro, por ser branco, me fazia parecer um sinalizador de trânsito, com uma cor diferente. O decote, nem era bom eu pensar nele! Ia até quase meu umbigo, e pouco pano era estendido, sobre meus seios. Pareciam presidiários numa fuga alucinada. Temia olhar para baixo, se o fizesse sairia dali correndo.


Coisa impossível! Então reunindo toda minha coragem, já que estava enfronhada naquela empreitada, até o pescoço! Pescoço? O vestido continuava a subir vertiginosamente. Ah! Meu cabelo, volumoso, estava repartido, de tal forma, que encobria, um lado do meu rosto, me deixando com uma visão parcial, o que dificultava tudo! Além de tudo, quase cega!


Fui, literalmente injetada, para a pista de dança, onde as pessoas dançavam frenéticamente.
Empertiguei-me, sacudi as ancas, dei uma rabanada, nos cabelos, e lancei-me ao perigo!
Volta e meia eu sentia uma mão, nos meus glúteos, outras nos meus seios. Tapeava, tentando afastá-las, mas quando tirava uma, já tinha outra.
Foi uma caminhada heróica! Uma maratona de olimpíadas! Mãos alheias eram os bastões, que passavam de uma para outra, rapidinhas.


Avistei-o, o objetivo de toda essa e loucura. Encostado no balcão do bar. Magnífico, lindo!
Olhei pra trás procurando minha amiga. Claro que a bandida tinha sumido! Minhas mãos suavam frias. Mas segui em frente! Quase roçando nele, pedi ao barman gim com tônica, para impressioná-lo. Sem me atrever a olhar para os lados. Pelo rabo dos olhos, percebi seu olhar. Nos meus seios! Gelei, mas vibrei, por dentro. Tinha chamado sua atenção! Nem tinha como não fazê-lo! Com aquele visual extravagante!

Levei a bebida à boca. Como, não sei, já, que mão tremia, incontrolavelmente. A voz então sussurrou, rente ao meu pescoço, quente, arrepiando-me toda:
-Quer dançar?
Nem cheguei a responder, já estava colada à ele na pista de dança. Logo, suas mãos passeavam, afobadas pelo meu corpo. A respiração ressonava, no meu ouvido e pescoço.
A boca resvalava pelo meu rosto e rápido buscou a minha. A língua matreira procurava a minha, chegando ao meu céu da boca. Quase não conseguia respirar. O seu desejo, se fazia notar, nas minhas coxas. Quase nem acreditava! O homem mais lindo, que trabalhava no mesmo local que eu, e nem sequer me notava, estava ali acariciando-me, beijando-me, agarrando-me, alucinado.

Quando dei por mim, estava num canto isolado, com uma das suas pernas, entre as minhas, a mão descendo, invadindo, meu sexo, com todos os dedos, vasculhando-me sem parar. Meu raciocínio me abandonou. Ainda bem!


No meio da madrugada, estávamos num motel, satisfeitos refestelados, em lençóis! De tímida, passei a mulher sensual, fogosa, sem limites, suspirava, enroscada nele. A mão descansava nos meus quadris, brincando de descer e deslizar, pelas minhas reentrâncias, me extraindo gemidos baixinhos.
Olhando-me, sua voz soou, tirando-me do êxtase:
- Não sabia que fazias, esse tipo de trabalho à noite!
- Trabalho? Não entendi! Balbuciei, desconcertada.
- É, “garota de programa!”


Engasguei, tendo um acesso de tosse. Eu sabia, que aquele plano de sedução de minha amiga, não daria certo! De tímida, comportada, e por ele não notada, me transformei em “mulher de vida fácil”! Meu Deus! Teria que lhe esclarecer, o que seria um constrangimento! Mas, foi o que fiz, contando-lhe o plano idiota.
Depois de ouvir, ele ria sem parar! Tive ganas de esganá-lo. Acalmando-me, e entre risos ele me disse:
- Você fica linda nesse papel! Dava até pra exercer! Ias faturar uma grana legal!
Quis esmurrá-lo, furiosa, mas ele rindo buscou-me a boca, e entre beijos, falou-me:
- Mas te prefiro como minha namorada! Quer?
Nem pude, responder, com a felicidade me invadindo! Concordei com um jesto afirmativo.
- Só tenho um pedido.
- Qual? Perguntei um pouco confusa.
- Promete-me, que usa esse vestido, de vez em quando?
Concordei, me refrescando no mais puro prazer!

- Te faço um desconto e ainda dou um brinde...

terça-feira, 12 de agosto de 2008





Refluir


Recosto-me no relento
Remexendo minhas mágoas
Retoco meu sorriso
Resgatando minhas memórias


Retribuo tuas carícias
Restaurando-as nos meus olhos
Recolho-me na minha sombra
Reaparecendo na tua luz

Repudio rumos retos
Refazendo-me em tuas curvas
Relevo teu adeus
Repudiando a aceitá-lo

Recuo com meu medo
Refletindo na tua audácia
Reconheço minha inércia
Redobrando-me no teu amar
Reinvento um retorno
regressando de onde parti








segunda-feira, 11 de agosto de 2008





Toda forma de amor vale a pena






Os olhos pequeninos cintilam de euforia ao serem brindados pela figura, que se aproxima. O corpo franzino, de compleição frágil, parece agigantar-se, numa demonstração de felicidade incomparável. Os gestos, curtos e ligeiros, se confundem com os olhares sorrateiros, que dirige a todo o momento, ao longo do espaço ao seu redor, na esperança de ter seu olhar correspondido. Tenta, desesperadamente conciliar o atendimento aos clientes com o anseio, de atender, aquele, que provavelmente aguarda, desde a hora, em que chega ao seu local de trabalho. O sorriso tímido esboça-se, no rosto bem delineado, numa alegria, rebuscada de emotividade exagerada. Movimenta-se, com agilidade e os olhinhos espertos e matreiros, prendem-se ao ser amado. Meu amigo, em o motivo do encantamento do rapazinho, olha a sua volta tendo a sensação de que todos ali percebiam, aquela demonstração de paixão. Coça o queixo, preocupado, como que procurando uma maneira de fugir, sem despertar atenção. Ou melhor gostaria de escafedesse, como se os demônios o perseguissem. O moçoilo alheio à seu constrangimento, virava-se de costas para o balcão e sua bundinha projetava-se lascivamente,como numa dança sensual. O meu amigo, coçava ostensivamente, suas partes baixas, como que a afirmar, sua masculinidade, o que só provocava suspiros no rapazinho, e lhe lançava olhares lânguidos, cada vez mais extasiado. Meu amigo, coitado, temia até mesmo olhar para os lados. Desdobrava-me em risos internos, procurando ser solidária à sua aflição. A sessão de “namoro” estende-se por minutos, que representam horas, já que a fila é extensa. Fico ansiosa aguardando o momento, dele ser atendido, antevendo como reagirá. A hora fatídica (para o meu amigo), acontece! Ao fazer o pedido sua voz soa mais grossa, bem mais, que a normal, empastada de macheza. É rude, grosso, mal educado. Dou-lhe uma generosa cutucada. Como resposta, envia-me um olhar mortífero. Ofereço um sorriso inocente e ensaio um pedido de desculpa,mas sou alvo de outro olhar mortal, e desisto. Mas, recolho um sorrisinho, que não lhe passa despercebido. Depois de atendidos, nos dirigimos à saída, e lá, vislumbro, os olhares tristonhos e espichados do rapaz, demonstrando, estar preste a chorar. E meu amigo, na sua insensibilidade de macho, nem sequer lhe envia um sinal, de que "em breve voltará". Na rua desato a rir compulsivamente, o que lhe provoca a ira. Analiso-o de cima a baixo, e comento, que seu corpo atlético, de pernas e braços longos e seus traços angulosos, devem tumultuar de sonhos delirantes e visões eróticas, as noites do pobre rapazinho. E ressalto, que vou passar a prestar atenção: se ficará, a se arrumar meticulosamente, quando voltar ao local. O amor proibido é sempre mais excitante!

terça-feira, 5 de agosto de 2008


Não há nada que uma boa ladainha não resolva
(epílogo)

A volta para casa deu-se de forma inusitada. No ônibus sentamos juntos, (apenas coincidência).
Estávamos um pouco constrangidos. Não era para menos, depois daquela semi-orgia que protagonizamos. Olhavámo-nos, com o rabo dos olhos, e na minha memória, os gritos, surgiam, me deixando, por momentos rubra e afogueada. Ele perscrutava meu rosto, tentando achar alguma reação visível. Mas eu estava por demais envergonhada, para esboçar qualquer reação.
Os olhos dele brilhavam, como que luzinhas se acendessem a todo o momento. Eu tentava respirar sem ser notada, mas ao respirar e expirar meus seios arfavam, o que não lhe passava despercebido, pois seus olhos passeavam excitados por eles. Estremeci, já temendo o que poderia vir a acontecer. O que não me impediu de arrepiar-me, com frenesi. Lentamente a mão dele foi descendo, enquanto eu a olhava hipnotizada, com o coração aos pulos. Não arriscava nem mesmo me mexer. Via aquela mão que eu já conhecia o calor e a textura, se aproximar, como um sagaz invasor. Suei e estremeci, o que por ele foi notado, mas não ousei olhá-lo, temia ser delatada pelo meu olhar passional, onde a volúpia já se fazia presente. Os meus hormônios estavam novamente se amotinando. A mão buscou a minha, e estava quente, latente de desejo. E a levou até o meio de suas pernas.
Não me fiz de rogada, passei a mão e agarrei com força. E o desejo, já adormecido alertou-se, forte. Arregalei os olhos, extasiada, e os ergui para o seu rosto. Um sorrisinho maroto desenhou-se, ali e deslizando sua mão por minhas coxas, adentrou minha saia, e, escorregou seus dedos, no meu interior que já pulsava louco. E denunciando-me, a umidade se fez presente. Seus dedos ali ficaram, brincando, quentes e macios, enlouquecendo-me. Paralisada, somente meu sexo pulsava enlouquecido, como se tivesse vida própia. Meu desejo dava voltas ao meu redor, amolecendo minhas pernas. E os dedos continuavam a brincar, contentes. Ele só os tirava para levar à boca carnuda, para sentir o gosto, e logo a seguir os colocava novamente. Assim ficamos por um longo momento, até uma cabecinha de olhar maroto, surgir no encosto do banco da frente, dar um sorrisinho debochado e indagar:
- vocês vão orar? Posso orar junto?
Ninguém menos que minha inocente amiguinha! Até hoje lembro do olhar esgrachado dela e ainda tenho desejos mortais de esganá-la. O resto da viagem transcorreu normal, a não ser pela minha vontade de matar e morrer. Meu tesão fora interrompido sem nenhuma piedade! Jamais esquecerei e acredito que ele também!

Um intervalo: a meu pedido
Amor é luz!




Minha intenção era naturalmente, terminar o conto, que iniciei, na minha última postagem. Mas por uma brincadeira da vida, que me pegou de surpresa, meus planos foram emocionalmente, alterados. Senti-me, empurrada, pela minha impulsividade, minha emoção, que sempre se sobrepõe a minha lógica. Assim sendo, deixei-me conduzir pelo meu coração, que torna-se sempre meu senhor e dono absoluto. Vou deixar-me levar pela emoção, ternura, e uma pequena, mas existente certeza, que às vezes, os sonhos, são grandes e essenciais pra se viver. Desejei falar de amor, sentimentos, anseios, esperanças, ternuras perdidas, carinhos suaves, beijos etéreos, mas que podem mudar o rumo de uma vida. Mãos que se tocam leves. Mas que levam a abraços fortes. Ao som do Tim Maia, e embalada pelas palavras suaves, mas verdadeiras, postadas, em um blog de um “menino”, que visitei a pouco, e que me fez pensar no “amor maior” e que me permitiu, um oásis, no meu cotidiano, para assim falar do amor, que pensei ter já esquecido.


Dedico está postagem ao Alf do blog
www.elosnohorizonte.blogspot.com


Que bom constatar que alguém tão novo acredita no amor!



Um dia de domingo
(Michael Sullivan/Paulo Massadas
Tim Maia


Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar
De encontro ao vento
Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol que te bronzeia
Eu preciso te encontrar
E outra vez
Te ver sorrindo
Te encontrar num sonho lindo
Já não da mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo
Faz de conta ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixar falar a voz do coração.

À todos, que amei, amo e vou amar!

sábado, 2 de agosto de 2008






Não há nada que uma boa ladainha não resolva
(inclusive problemas de cunho sexual)



Era pra ser um evento normal, agradável, descontraído, como todo acampamento de jovens deve ser. Jovens alegres, com energia a toda prova e hormônios em ebulição. E esses mesmos foram os causadores de contratempos, que vou lembrar pro resto da minha vida. Chegando ao acampamento, fomos apresentados uns aos outros. Tudo dentro do normal. Até meus olhinhos sempre agitados, pousarem, naquela figura de macho sedutor, moreno, com olhos e boca que qualquer ser humano, se renderia de corpo e alma. E foi o que eu estabolhadamente, fiz. Rendi-me à ele e as encrencas, que vieram a seguir. Meus hormônios se descontrolaram, tropeçando uns nos outros, tentando organizar uma fila de chegada até aquele homem estonteante e sensual. Tentei controlá-los, mas foi tempo perdido. Nada do que eu fizesse iria mantê-los quieto. O motim, já estava organizado. E eu, estupidamente feliz, me deixei levar pela minha sensualidade, desmedida. Eu já conhecia o dito cujo, mas as chances de um relacionamento, mais de perto, bem perto acontecer eram grandes. Eu o achava bonitinho, mas agora, esse adjetivo parecia ridículo. Bonitinho? O homem era de enlouquecer até a mais ferrenha adepta do mais puro celibato. A boca carnuda insinuava beijos molhados, passei ansiosamente a língua pelos meus lábios secos, claro. Tudo piorou, ou melhorou pra mim, quando foi feita a divisão dos componentes nas barracas. Milagrosamente, juro, nada fiz pra ser assim, ficamos na mesma barraca! Mas como nada é perfeito, uma amiga minha iria compartilhar o mesmo espaço. Na hora de dormir, ardilosamente, escolhi meu lugar no centro. De um lado minha amiga e no outro aquele que me faria perder de vez meu controle. Jeitosamente, candidamente, ajeite-me entre os dois. E fingi dormir, porque de fato não conseguiria. Ele deitou aquele corpo, exalando masculinidade, e acho, também fingiu dormir. Assim eu desejava. Para não despertar suspeitas em minha amiga, virei-me de costas para ele. Não ficaria de frente, mas certamente minhas costas também seriam convidativas. Senti a sua respiração quase na minha nuca. Ele estava virado para o meu lado! Suspirei em silêncio, satisfeita. Levaram segundos, nos quais, fiquei sem respirar, esperando. Foi quando, senti uma mão quente, tocando minha nuca e afastando meus cabelos, do rosto. Desceu vagarosamente pelas minhas costas, desenhando trajetos perigosos. Arrepiei de prazer e fiquei quietinha, antevendo os momentos maravilhosos que viriam. E eles vieram! Na forma de carícias silenciosas, me deixando sem fôlego, engasgada no delírio, das mesmas. Meu corpo todo foi tocado, me deixando enlouquecida de puro tesão! Senti-me na obrigação (sim, uma mulher decente não deve escancarar suas necessidades sexuais) ,de retribuir as carícias. Na cumplicidade da escuridão, virei-me com cuidado, e desci até aquele corpo pecaminoso. Toquei-o e descobri maravilhada, que ele já, estava pronto, para a batalha. Regozijei-me e me atirei de corpo e alma, mais corpo que alma, naquele prazer, e ajoelhada lhe rendi minhas mais humildes homenagens. A princípio só escutava gemidos baixos, grunhidos, mas conforme eu ia fazendo minha reverência singela, os grunhidos foram aumentando, tornando-se, gritos com palavras desconexas, mas às vezes, passando a indecentes. Alertei-me rapidamente!No silêncio da noite, aqueles gritos desvairados, acordariam, todo o acampamento. Dei-lhe uma cutucada, com meu cotovelo nas suas coxas, alertando-o! Então ele começou a entoar uma ladainha estranha, aquelas que o povo árabe entoa, quando saúda Alá. Sim porque um pai nosso não resolveria a situação. Uma reza muito comportada, sem gritos. E a ladainha, foi-se prolongando com entremeios de gemidos, urros e palavras ininteligíveis. Terminei, minha tarefa, recompondo-me, com o coração os pulos. Mas a sessão de prazer não findou ali. Senti as mãos descendo, invadindo meu corpo. Dei um pulo e tranquei a respiração, sentindo,ele me tomar por inteiro. E a ladainha recomeçou, desta vez de minha parte. Gritava, e a cada carícia, meus gritos tomavam proporções enormes. Nem Alá compreenderia, mesmo que eu me prostrasse de joelhos. Ele certamente me mandaria pros quintos do inferno. E a criatura, não se fatigava, pelo contrário a cada grito meu, ele acelerava o ritmo e intensificava, as carícias, me deixando enlouquecida. Escutei passos apressados na rua, dei-lhe uma nova cutucada, desta vez em sua barriga. Ele retirou-se meio abobalhado, e ajeitou-se no seu lugar. Ajeitei-me rapidamente e retomei a respiração, ao menos tentei. A supervisora do acampamento, com um tipo de sargento de campo de concentração, lançou o facho da luz da lanterna direto em nós. Fiquei apavorada quando ela perguntou o que estava acontecendo, lembrando-me, só agora, da minha pobre amiga, que certamente, daria com a língua nos dentes. Ouvi a sua voz tímida, dizer:
-Eles estavam orando! Pra Alá! Inclusive, ela até se ajoelhou pra orar! Eu nem sabia que minha amiga era muçulmana, nem ele! A supervisora fez uma carranca, e disse:
- Orem, mas da próxima vez façam em tom mais baixo!
- Olhei para meu parceiro de “oração” e suspirei, pensando nas noites de.
“ Orações”, que teríamos até irmos embora. E sorrimos satisfeitos...


continua...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008










O grande Tim Maia: O cantor que embalou minha juventude




Tim Maia deve estar, no céu, enlouquecendo Deus com suas irreverências e com seu vozeirão!






Vasculhando minhas memórias, lembrei-me de uma música que sedimentou meus tempos de adolescente. Reuniões dançantes eram as então baladas de hoje. Diferentes, elas aconteciam em colégios, casas de amigos, ou clubes. Caracterizavam-se pela simplicidade, pela maneira rudimentar, como aconteciam. Mas, não deixavam de ter um “glamour”, um brilho especial. Talvez até mais que as de hoje, porque quase sempre eram íntimas, onde quase sempre se esperava encontrar alguém, por quem nutríamos um sentimento.E isso acontecia com freqüência. E, em determinadas reuniões, as “paqueras” se concretizavam, surgindo até mesmo futuros relacionamentos. Nasciam, namoros, que desenrolavam-se durante as reuniões. Às vezes, namorávamos somente nessas ocasiões. Um artifício acho, para não termos um compromisso sério, se assim desejássemos. E o frisson, era chegar nas festas e constatar se a pessoa de nosso interesse estava ou não no local. Muito amor tive nessa época. Não perdia nenhuma reunião, mesmo que tivesse que cumprir difíceis tarefas em minha casa, submetidas por minha mãe. Ou mesmo que fosse obrigada a pular a janela do meu quarto nas noites, usando táticas de disfarces, tipo, volumes sob as cobertas para encobrir a falta de meu corpo, na cama. Usávamos disfarces mirabolantes, como sair com uma roupa comum, para depois trocar pela de “festa”, que escondíamos em lugares estratégicos. E além das festas, todos estes estratagemas, enfeitavam brilhantemente, dando um sabor de aventura, de proibido. O que, hoje perdeu a graça, porque, nada é proibido, tudo é permitido, menos se aventurar. Recordo, agora quantos amores, desenrolou-se em minha vida, quanta “fossa” (dor de cotovelo, mal de amor, amor não correspondido) cultivei em conseqüência de amores, não retribuídos. Mesmo sofrendo, o sabor era delicioso, pueril, tinha um sabor de “sentimentos grandiosos”, que nos davam a sensação de “gente grande”, que sofria por amor. Todos possuíam uma música, que embalavam esses momentos sofridos, onde ficávamos a ver estrelas, ou enrustidas em nossos quartos à ouvirmos determinada música, numa seqüência repetitiva, como se assim afugentássemos a dor ou se intensificaria mais, porque era “moda” sofrer de “mal de amor”. E uma dessas músicas, era: “Gostava tanto de você, no vozeirão, do querido e irreverente Tim Maia, na qual ela parecia definir todo o nosso sofrimento, toda a nossa dor, quando dizia: não sei porque você se foi, quantas saudades eu senti, e de tristezas vou viver, e aquele adeus não pude dar...” Ironicamente, e por uma dessas peculariedades da vida, atualmente, descobri que a letra da música não remetia ao tipo de amor, pelo qual sofríamos, e sim pela perda de um ente querido, do autor da música. Até nisso, Tim era irreverente! Com ele nada transitava, pelo simples, pelo comum, tudo se transformava em algo especial. “Grande mesmo”, Tim Maia! Deve estar lá no céu pedindo o retorno do som! Rendo homenagem a ele, que foi tema de minhas paixões no passado, e a todos, que como eu sentiram a morte do “poderoso e espetacular, Tim”.


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E a todos que sofreram e sofrem por amor. Porque morrer de amor é renascer a cada dia!




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E a minha grande amiga Estrela, que gosta muito dessa música!


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Leia a letra da música com atenção: "Gostava tanto de você..." Tim Maia Leia o comentário que está após a letra.Não sei por que você se foiQuantas saudades eu sentiE de tristezas vou viverE aquele adeus não pude darVocê marcou a minha vidaViveu, morreu na minha históriaChego a ter medo do futuroE da solidão que em minha porta bateE eu gostava tanto de vocêGostava tanto de vocêEu corro e fujo destas sombrasEm sonhos vejo esse passado E na parede do meu quarto Ainda está o seu retratoNão quero ver para não lembrarPensei até em me mudar Lugar qualquer que não existaO pensamento em vocêE eu gostava tanto de vocêGostava tanto de você...Comentário:Antigamente, quando ouvia esta música, não prestava muita atenção na letra, por achar que era mais uma música sobre um cara que foi abandonado pela mulher que amava, como muitas outras canções falavam...Até que, um dia, descobri a verdadeira história.Para quem não sabe, o autor de "Gostava tanto de você" não escreveu esta música por causa de uma mulher qualquer que o tinha abandonado, mas sim, para a filha dele que havia falecido.Desde que eu soube desta história, esta música se transformou em uma das minhas preferidas...Depois, releia a letra da música pensando no verdadeiro significado...Estou enviando esta mensagem só para dizer:Aproveite cada momento da sua vida ao máximo, passe o maior tempo possível com as pessoas que você ama(família, amigos e amores) e torne estes momentos inesquecíveis.Pode ser a última vez que vocês estejam juntos...Vivendo e aprendendo... A cada dia que se passa na minha vida se fortalece a idéia de que devemos aproveitar cada dia, cada minuto de nossa vida, como se fosse o último, porque ele realmente pode ser.Não devemos dar muita importância ao que os outros vão pensar ou falar... o que importa é sermos realmente felizes, não importando o quanto você possa parecer bobo ou errado, frente aos olhos de quem nunca vai saber o que realmente se passa em sua mente ou no seu coração...Aproveitem as suas vidas! Deus fez esse mundo maravilhoso e nos deu de presente!Problemas... esses todos temos, podem ter certeza! A diferença é saber que um dia todos eles, mais cedo ou mais tarde, vão se resolver, e, provavelmente, daí surgirão outros. Não podemos ficar esperando a ausência de problemas para sermos felizes!A felicidade está aí, de graça e para quem quiser tê-la, o que precisamos é saber enxergá-la em cada pequeno presente que recebemos o tempo todo em nossas vidas!"A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego... de tanto rir... de surpresa... de êxtase... de felicidade..."

Fonte do texto acima:



Gostava tanto de você
(Edson Trindade)

Gostava tanto de você
Edson Trindade
Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...
Você marcou em minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em porta bate...
E eu !
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você
Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver pra não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...
E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você
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E hoje eu escutando a música "Gostava tanto de você" e lendo a letra da música, sinto uma emoção e uma tristeza muito forte. Desculpem-me o momento "down", mas às vezes entristecer é preciso!