Hoje acordei pensando o que eu queria da vida. Logo imaginei que poderia ser um surto, e dos mais graves. Se minha mãe estivesse entre os mortais diria para eu sossegar o facho, e arrumar um marido, um homem decente para pagar minhas contas! Primeiro, que esse termo "arrumar" me soa como um arranjo e daqueles mais esdrúxulo que existe. Sossegar meu facho? Deixa ele aceso, me é de grande ajuda, naqueles momentos que estou meio apagadinha. Pagar minhas contas? Gosto de acordar todos dias e correr atrás do prejuízo, isso me estimula a ter mais gana para viver o dia a dia, afugenta a rotina. Poderia pensar em casar novamente, mas já realizei esse evento corajoso, foi bom, mas repeti-lo me custaria um esforço, que não pretendo ter. Conhecer alguém, verificar se o moço quer casar, quais os seus antecedentes, sua conta báncaria, sim porque remediado não custaria o esforço. Juntar débitos, não me é muito promissor! Já descobri o que eu quero, e com uma certeza absoluta. Com certeza, não quero juntar chinelinhos, nem pijaminhas. Quero só estar de vez em quando, entrelaçar as pernas, beijar bocas, apenas aplacar meu tesão que é bastante inquieto. Talvez até nem me importe com a bagagem cultural do sujeito, a minha já basta para os dois. Gosto musical? Seria bom que curtisse Milton Nascimento, mas se só gostar de pagode, sertanejo, tudo bem, eu escuto o Milton quando estiver sózinha. Um corpo gostosinho, com um papo regular, está de bom tamanho. Isso soa meio superficial? Eu agora estou assim um pouco. Amanhã, certamente vou acordar com os meus princípios intactos, mas hoje decidi que o quero da vida, neste momento é satisfazer meus mais pequenos desejos e eles se concentram em coisas simples, sem grandes implicações, ou grandes objetivos. Se concentram sómente no fato de perceber que os caminhos terminam onde começam minhas espectativas na busca da satisfação pessoal! O que sobra eu jogo pra baixo do tapete!
Síntese
Há 7 anos
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