segunda-feira, 24 de novembro de 2008


Fustigar

E
dói , como lambada de açoite,
como fisgada de dor
dentro da noite

E
estampa na pele,
como vento desenhando a areia

E
destila o liquido,
nos corredores das entranhas
por onde dança o infinito

E
arremessa na inquieta tez,
carícias desenhadas
com trejeitos de insensatez

E
invade, espreitando,
desvanecendo o céu da boca,
em beijos destemidos
arrancando do interior incauto
gemidos doloridos

E
incendeia as partes internas,
com a lava incandescente
deslizando entre as pernas

E
aninhada
lambuza

E
estremece
assanha
espreita

E
aconchegada
acomodada,
faz moradia

E
atiça os pelos com as mãos
batendo
açoitando,

doendo de paixão.