Olhar
A água deslizava, como um rio. O curso das águas percorria um caminho sinuoso e brilhante, por entre alvéolos, e montes alvos, torturando os olhos inquietos que espreitavam o ritual.
A brancura do corpo, era auspiciosa, lhe remetia a uma imaculada pureza, e agitava seu coração, por manchar tal pureza com seu infame olhar. Sentia-se sujo, perverso, mas não conseguia manter-se longe de tanta lascívia, de tanta luxúria. Tentava aplacar seu pecado, pedindo aos Deuses que lhe dessem penitências e o impedissem de tornar a pecar. Mas noite após noite, ele esgueirava-se pelas sombras do pecado e repetia o ato de espreitar sua presa.
Quando ela deslizava o corpo na banheira, seus sentidos eram tomados por uma languidez impiedosa, seu corpo e sua mente estremeciam e sentia-se o mais feliz dos mortais.
A lentidão com que ela esfregava o sabonete no corpo, açoitava duramente sua sensualidade, deixando-o viajar por dores e amores perdidos. Sua sordidez vinha à tona, quando se deliciava ao ver os bicos dos seios eriçarem e permanecerem eretos. Sua boca regurgitava beijos, que jamais alcançariam aqueles seios, jamais saciariam sua fome de prazer. Sua lassidão chegava ao ápice, quando as pequenas mãos embrenhavam-se, por entre as pernas, desfazendo os emaranhados de pelos negros, desbravando uma mata, virgem e tentadora, que lhe aviltavam os mais retos princípios. Estava prisioneiro do prazer e do pecado. Era um homem, que não tinha mais limites, perdido em noites de transgressões, de olhares escusos, de dores expostas, de sonhos lúdicos e pesadelos amorais. E quando finalmente, ela terminava seu ritual, e erguia o corpo sinuoso, da banheira, o prazer final lhe rasgava a carne, o lampejo do carnal, lhe lambia os sentidos. Estremecia, e o gozo vinha intenso, entrecortado como soluços, saciando sua fome. Então sorrateiramente, ele se retirava, ombros curvados, pecados escondidos, esperando ansiosamente, pela próxima noite, quando arrastaria penosamente seu corpo e seus anseios, para mais uma sessão de luxúria e pecado.
A brancura do corpo, era auspiciosa, lhe remetia a uma imaculada pureza, e agitava seu coração, por manchar tal pureza com seu infame olhar. Sentia-se sujo, perverso, mas não conseguia manter-se longe de tanta lascívia, de tanta luxúria. Tentava aplacar seu pecado, pedindo aos Deuses que lhe dessem penitências e o impedissem de tornar a pecar. Mas noite após noite, ele esgueirava-se pelas sombras do pecado e repetia o ato de espreitar sua presa.
Quando ela deslizava o corpo na banheira, seus sentidos eram tomados por uma languidez impiedosa, seu corpo e sua mente estremeciam e sentia-se o mais feliz dos mortais.
A lentidão com que ela esfregava o sabonete no corpo, açoitava duramente sua sensualidade, deixando-o viajar por dores e amores perdidos. Sua sordidez vinha à tona, quando se deliciava ao ver os bicos dos seios eriçarem e permanecerem eretos. Sua boca regurgitava beijos, que jamais alcançariam aqueles seios, jamais saciariam sua fome de prazer. Sua lassidão chegava ao ápice, quando as pequenas mãos embrenhavam-se, por entre as pernas, desfazendo os emaranhados de pelos negros, desbravando uma mata, virgem e tentadora, que lhe aviltavam os mais retos princípios. Estava prisioneiro do prazer e do pecado. Era um homem, que não tinha mais limites, perdido em noites de transgressões, de olhares escusos, de dores expostas, de sonhos lúdicos e pesadelos amorais. E quando finalmente, ela terminava seu ritual, e erguia o corpo sinuoso, da banheira, o prazer final lhe rasgava a carne, o lampejo do carnal, lhe lambia os sentidos. Estremecia, e o gozo vinha intenso, entrecortado como soluços, saciando sua fome. Então sorrateiramente, ele se retirava, ombros curvados, pecados escondidos, esperando ansiosamente, pela próxima noite, quando arrastaria penosamente seu corpo e seus anseios, para mais uma sessão de luxúria e pecado.
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