domingo, 7 de setembro de 2008







Enseadas & penínsulas



Dias atrás, uma amiga blogueira, postou um post, sobre o fato de nós mulheres, um certo dia, acordarmos com o lado masculino, demasiadamente aflorado. Mencionou o hábito, “peculiar”, dos homens, manusearem, freqüentemente, o órgão de algumas utilidades primárias, como: aliviar os líquidos acumulados no organismo, manifestação do prazer, utilização do mesmo para satisfação deste prazer, ou mesmo um como o tão famoso símbolo da masculinidade.

Bem, deixando de lado a parte científica, vamos a busca de algumas explicações (se é que existem), para atitudes tão pitorescas. Como, os homens e as mulheres, se comportam diante de seus símbolos, “externos e internos”.

As minhas companheiras de sexo, que me desculpem, mas o meu lado masculino (muito bem enrustido, por sinal), me impele, ir a defesa destes inocentes, seres que são tão massacrados, somente por demonstrarem suas pretensões machistas, com uma eficácia por demais eufórica.

Coçam? (esfregar ou roçar com as unhas ou objeto áspero (a parte do corpo onde há coceira).
Que calúnia, que injustiça! Quem, em algum momento, não foi acometido de coceiras insanas, que atrapalham, até os pensamentos? Ta, vai rebater este argumento, dizendo que esta “enfermidade”, ocorre para, estes seres tão injustiçados, sempre na parte fálica deles, e não precisavam aliviá-la, em público! Ostensivamente! Apenas mera coincidência! Casualmente, uma particularidade
masculina. Mas também eles podem estar acariciando, o ente querido. Manuseiam, para constatar se continua no mesmo lugar, pode ter ido dar uma voltinha, sem a devida permissão do proprietário! Dizia a minha mãe; quem não cuida o tem, a pedido vem!

Um amigo meu argumentou, que quando, admira, uma mulher gostosa, ou seus pensamentos se recreiam, em detalhes picantes, eróticos, os hormônios enviam uma mensagem ao companheiro, lá de baixo, que munido de vontade própia, fica alerta, errando a direção e tropeça, em uma cueca, que está no caminho, colocando-se numa posição desconfortável, necessitando, ser ajeitado carinhosamente.
Seja lá o motivo, não podemos crucificar os nossos machões tão duramente. São tão meigos, atenciosos, românticos! Você conhece algum dessa estirpe? Dê-me o endereço?

Nós mulheres, somos dotadas de reentrâncias, cavidades, que os homens perseguem freneticamente, pra aconchegar suas preciosas saliências. A natureza foi pródiga, ao criar duas coisas que se encaixam divinamente. Claro que a criatividade do homem, vai além dessas opções. Sendo que no sexo, tudo é prazeroso, havendo, harmonia entre parceiros.

Nós fêmeas, como os machos, temos um hábito, também bastante estranho, e como tal, perfeitamente explicável: aquela calcinha, indomável, que quando nos movimentamos, vai adentrando, por caminhos proibidos, fazendo-nos até interromper nosso andar, sensual e charmoso. Ela, sózinha, não retorna ao seu devido lugar. Ali permanece, inclusa e desagradável. Por isso, temos que ajeitá-la, delicadamente ou bruscamente. Eu, não consigo nem mesmo raciocinar com coerência. Meus pensamentos ficam concentrados, neste detalhe inconveniente, desconectando-me de tudo.

Procuro, discretamente, ajeitá-la, mas, não funciona. Então, já estando à beira do desespero, olho disfarçadamente para os lados, e executo aquela “puxada básica” na maldita calcinha. Existe uma outra opção para esse desconforto: podemos adotar o famoso “fio dental” deixando ele, se embrenhar onde lhe for mais acolhedor! Eu detesto esse tipo de lingerie, muito indisciplinada!

Portanto, vamos ser mais indulgente, com nossos machões e suas penínsulas! Nossas enseadas são bem mais compreensivas, estão sempre dispostas a dar abrigo, as penínsulas, demonstrando não ser um território inóspito, e sim um abrigo aconchegante para esse intrépido inquilino.