segunda-feira, 21 de julho de 2008




Entre a calmaria e a tempestade

Um mês confuso

“Que me importa a minoria, se a minha alegria é a maio

ria.”


Tenho passado, neste mês, um período recheado de situações agradáveis, e em outros momentos de fatos que, me deixam apreensiva. Mas isso é um detalhe corriqueiro em minha vida.Tenho tendência a me desesperar como uma desvairada, diante de fatos que não me agradam, para logo após chegar a conclusão, que nada pode ser tão ruim quanto parece. Talvez seja uma característica de minha personalidade. E tenho que reconhecer que isso me ajuda no meu dia a dia. É como se uma planta estivesse quase se extinguindo, aí se rega e ela se levanta rapidinho. É claro que às vezes tenho que ser regada constantemente, mas é um esforço mínimo diante do fato de enfrentar uma adversidade grande. Preciso sempre, é ter bastante água por perto e um lugar fresquinho pra arejar. Percebi que tenho falado ultimamente em assuntos tensos, fortes. Sei que fizeram parte de um período, em que tudo se encaixava, onde era pertinente, mas resolvi descontrair! Porque ninguém é de ferro! Colocar pra fora, minha alegria, minha intensidade para viver, meu lado moleque, meu lado criança, pode parecer inconseqüente, mas se não expor agora tudo isso, tenho o risco de me tornar rabugenta, amargurada, e então vou ter receio de acordar todos os dias. Já pensei até em dormir, tipo dois dias seguidos, pra tentar afugentar as coisas chatas que estão me incomodando, mas concluí, que se dormir muito assim, vou perder um tempo precioso de viver e posso até deixar passar alguma alegria em branco. Então decidi não arriscar. Nestes últimos dias chequei até esquecer de exercer minha paixão, meu lado mulher "exuberante", sem pouca modéstia, mesmo porque é só um “estado de espírito”, nada tão grandioso. Esqueci até mesmo de praticar minha sensualidade, de falar de amor, paixão, essas preciosidades do ser humano, que me impulsionam sempre uns dez passos à frente de mim. Mas nunca é tarde, basta, recuperar o entusiasmo, o tesão, que estava escondido, mas não extraviado. Basta misturar tudo muito bem, me travestir de vivacidade e alegria, e assim exercer o livre direito de ser feliz. Algo que não requer muito esforço e só aquece a alma. Vou novamente à luta e à vida, saboreando cada segundo!


Alcancei a paixão
no abraço, na boca, que me esperava
fugi da desesperança
na carícia quase desfeita
perdi-me no desamor
pra me refugiar no desejo
enlouqueci na sofreguidão
e me acalmei na harmonia do querer bem

e onde fui menina hoje sou mulher.