sábado, 4 de outubro de 2008


Balançar

Neste verão já decidi: vou colocar uma rede, na varanda de minha casa.
E quando, eu me sentir como se estivesse numa estrada poeirenta, vou para ali recuperar meu fôlego, minhas energias. Provavelmente esse momento, será ao entardecer, naquele momento, em que nossa vida parece estar se escondendo, desaparecendo com o sol, numa fuga inesperada. Vou saborear a melancolia, e sentir a vida deslizar suavemente, como uma canção nostálgica.

O tempo vai parecer parar, o ar vai estar morno, só com uma leve brisa a me acariciar a pele, como um carinho do homem amado. Apenas um roçar, como se fosse uma leve impressão, um leve toque, que me vai eriçar os pelos. Vou esperar a noite, e vou ficar a contar estrelas, sonhos, esperanças. Lembrarei de passagens agradáveis, onde fui feliz. Serei feliz, de novo. Terá o sabor de uma felicidade, novinha, sem os resquícios de tristezas, angústias passadas.
Quem sabe chame meu amor pra sonhar e perambular pelas estrelas comigo. Pra me ajudar a contá-las. Entre cada estrela contabilizada uma caricia acrescentada. Juntar meu corpo ao dele e unir os pensamentos em um uníssono compasso. Estaremos planejando como ser feliz, sem correntes, sem medos. Tendo apenas como obrigação, ser feliz.
Viver um dia de cada vez, um sonho de cada vez. Mas se meu amor não quiser me acompanhar, não tem importância. Se ele temer a felicidade. Vou me embalar sózinha e ser feliz por ele. E quando cansar-me e de tudo me fartar, vou até ele, abraço-o e beijo-lhe a boca. Passando-lhe minha felicidade e minha paz.