Reflexão- Gilka Machado
Há certas almas
como as borboletas,
cuja fragilidade de asas
não resiste ao mais leve contato,
que deixam ficar pedaços
pelos dedos que as tocam.
Em seu vôo de ideal,
deslumbram olhos,
atraem as vistas:
perseguem-nas,
alcançam-nas,
detêm-nas,
mas, quase sempre,
por saciedade
ou piedade,
libertam-nas outra vez.
Ela, porém, não voam como dantes,
ficam vazias de si mesmas,
cheias de desalento...
Almas e borboletas,
não fosse a tentação das cousas rasas;
- o amor de néctar,
- o néctar do amor,
e pairaríamos nos cimos
seduzindo do alto,
admirando de longe!...
Há certas almas
como as borboletas,
cuja fragilidade de asas
não resiste ao mais leve contato,
que deixam ficar pedaços
pelos dedos que as tocam.
Em seu vôo de ideal,
deslumbram olhos,
atraem as vistas:
perseguem-nas,
alcançam-nas,
detêm-nas,
mas, quase sempre,
por saciedade
ou piedade,
libertam-nas outra vez.
Ela, porém, não voam como dantes,
ficam vazias de si mesmas,
cheias de desalento...
Almas e borboletas,
não fosse a tentação das cousas rasas;
- o amor de néctar,
- o néctar do amor,
e pairaríamos nos cimos
seduzindo do alto,
admirando de longe!...
Crisálida
De cuidado e delicadeza, devíamos sempre nos vestir, evitando assim qualquer deslize, aos sentimentos alheios. Nunca ultrapassarmos nossos limites, mesmo motivados por impulsos ou desejos prementes, seria uma regra básica a ser seguida. A fragilidade da tênue linha entre o querer e o poder, é extremamente fácil de se romper.
E quando invadimos o espaço de quem está ao nosso lado, estamos, rompendo regras, que nos permitem uma sociável convivência. E como nas borboletas, às vezes, um gesto mais bruto, mais ousado, deixam pedaços, entre os dedos de quem as tocam. O mesmo acontece com a convivência humana. Quando nos destituímos do bom senso e passamos a exercer uma certa autonomia, mesmo movidos por boas intenções, quebramos lições da boa educação, estamos invadindo o casulo alheio.
Estamos colocando bandeiras sem licença prévia. Estamos nos tornando invasores onde devíamos ser visitantes. Quando tomamos esta atitude, sentenciamos o outro lado, a um retrocesso, compreensível diante de tal situação.
A sensibilidade deve sempre ser nosso par constante, evitando-se transpor a linha que separa o sensato e o delicado, do abuso e da imprudência.
Por mais intimidade que se tenha com alguém, somos dois lados diferentes, e jamais devemos nos impor, nos tornar inconveniente.
Corremos o risco de perder, essa intimidade, e quem sabe até o respeito. E a harmonia torna-se bruta, e lapidá-la torna-se quase impossível.
Portanto aprendendo, onde erramos, devemos optar pela cautela e pela sensibilidade de respeitar o espaço alheio.
Como na semântica, permitir que o lagarto siga seu ritmo adequado ao transformar-se em borboleta. Nos relacionamentos, sejam de qualquer espécie, a delicadeza, é o fator primordial. A essência perfila-se com uma borboleta. Delicada e frágil.
De cuidado e delicadeza, devíamos sempre nos vestir, evitando assim qualquer deslize, aos sentimentos alheios. Nunca ultrapassarmos nossos limites, mesmo motivados por impulsos ou desejos prementes, seria uma regra básica a ser seguida. A fragilidade da tênue linha entre o querer e o poder, é extremamente fácil de se romper.
E quando invadimos o espaço de quem está ao nosso lado, estamos, rompendo regras, que nos permitem uma sociável convivência. E como nas borboletas, às vezes, um gesto mais bruto, mais ousado, deixam pedaços, entre os dedos de quem as tocam. O mesmo acontece com a convivência humana. Quando nos destituímos do bom senso e passamos a exercer uma certa autonomia, mesmo movidos por boas intenções, quebramos lições da boa educação, estamos invadindo o casulo alheio.
Estamos colocando bandeiras sem licença prévia. Estamos nos tornando invasores onde devíamos ser visitantes. Quando tomamos esta atitude, sentenciamos o outro lado, a um retrocesso, compreensível diante de tal situação.
A sensibilidade deve sempre ser nosso par constante, evitando-se transpor a linha que separa o sensato e o delicado, do abuso e da imprudência.
Por mais intimidade que se tenha com alguém, somos dois lados diferentes, e jamais devemos nos impor, nos tornar inconveniente.
Corremos o risco de perder, essa intimidade, e quem sabe até o respeito. E a harmonia torna-se bruta, e lapidá-la torna-se quase impossível.
Portanto aprendendo, onde erramos, devemos optar pela cautela e pela sensibilidade de respeitar o espaço alheio.
Como na semântica, permitir que o lagarto siga seu ritmo adequado ao transformar-se em borboleta. Nos relacionamentos, sejam de qualquer espécie, a delicadeza, é o fator primordial. A essência perfila-se com uma borboleta. Delicada e frágil.
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